"Pela soberania do Brasil, pela independência do Poder Judiciário e pela cidadania de todos os brasileiros e brasileiras. Pois deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822 e, com coragem, estamos construindo uma República independente e cada vez melhor, independente e democrática", disse Morais
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), defendeu a soberania do Brasil e afirmou que o país deixou de ser colônia em 1822. Sem citar os Estados Unidos, o magistrado citou a independência do Brasil e a construção da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o nazismo.
Moraes deu as declarações depois da escalada da ofensiva de políticos dos EUA contra ele. A fala foi feita durante a sessão plenária da corte nesta quinta-feira (27), antes de iniciar o relatório de casos sobre a Lei de Abuso de Autoridade que relata. Ele participa por videoconferência.
"Reafirmo nosso juramento integral de defesa da Constituição brasileira e pela soberania do Brasil, pela independência do Poder Judiciário e pela cidadania de todos os brasileiros e brasileiras, pois deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822 e com coragem estamos construindo uma República independente e cada vez melhor", disse.
Até então, os ministros do Supremo vinham minimizando as ações tomadas em território americano desde que a empresa de mídia de Donald Trump, a Truth Social, e a Rumble, plataforma de vídeos, recorreram à Justiça na Flórida para que as ordens do ministro sejam declaradas ilegais.
Sobre a ONU, Moraes lembrou que a organização foi criada há 73 anos, em 1952, quando foi feita a primeira reunião da entidade em sua sede permanente em Nova York. Segundo Moraes, a atuação da ONU segue a mesma linha de então, em defesa dos direitos humanos e em respeito à autodeterminação dos povos.
"Hoje, ela abriga 193 Estados-membros e dois Estados observadores, que permanecem com o mesmo ideário daquela época: a luta contra o fascismo, contra o nazismo, contra o imperialismo, em todas as suas formas, seja presencial, seja virtual, e também a defesa da democracia e a consagração dos direitos humanos. Objetivos almejados por todos os 193 Estados-membros, sem discriminação, sem coação ou sem hierarquia entre Estados, com respeito à autodeterminação dos povos e igualdade entre os países", disse.
Por Folhapress

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