Adversários históricos se unem em torno da reeleição do prefeito Flávio Moura
Eleição municipal de 2024, terá 4 ex-prefeitos adversários históricos como aliados.
Para disputa pela Prefeitura, os mararrosenses vão presenciar no mesmo palanque os ex-prefeitos: Nilson Antônio Preto, Oton Alves Aguiar, Gutemberg Guimarães de Sousa e Flávio Batista de Sousa. As lideranças políticas apoiam a reeleição do prefeito Flávio Moura (UB).
Desde o final dos anos 80, esses personagens rivalizam pelo executivo: a rivalidade teve início nas eleições de 1988, com Nilson Preto vencendo Oton Alves.
Nas eleições de 1992, impedido de disputar a reeleição, pois, nesse período era vedada a reeleição, o prefeito Nilson apoiou seu colega de partido no PMDB, Elvino Coelho Furtado que ficou em 2° lugar com 2.304 votos.
Em 3° ficou, Oton Alves com 1.760 votos com uma coligação de partidos aliados: PL, PDS, PDT, PFL e PTR. Em 1° ficou o atual vice-prefeito Gutemberg com 3.032 votos. O vencedor governou o município de 1993 a 1996.
Em 1996, ainda sem a reeleição no País para cargos do executivo, Berg estava impedido de participar do pleito daquele ano. A disputa neste período foi novamente um tira teima entre Nilson Preto e Oton Alves, no qual, Oton filiado no PL apoiado pelo PMDB partido do então Governador Maguito Vilela venceu com uma vantagem acachapante.
Em 2000, Nilson Preto enfrentou novos adversários, neste ano, teve seu ex-candidato a vice na eleição de 1996, Jony Lúcio (PFL) como principal adversário, tendo ainda, o médico Dr. Jason pelo (PMDB). Com três candidatos na disputa, Nilson saiu vitorioso para administrar o município pela segunda vez.
Em 2004, com a implantação da reeleição no Brasil, o então prefeito Nilson foi para sua primeira tentativa de reeleição.
Com um mandato que teve como principal desafio organizar as contas do município como pagamento de servidores e fornecedores, o prefeito conseguiu realizar poucas obras na cidade, tendo como a sua principal bandeira a construção de pavimento asfáltico em alguns bairros e obras implantadas pelo ex-governador Marconi Perillo.
Com a rivalidade entre PMDB e PSDB, Nilson Preto teve como adversário o empresário Otávio Alves Neto irmão do seu antigo adversário Oton Alves.
Com uma campanha acirrada, no final, o empresário ganhou a disputa.
Em 2008, teve outra disputa, Nilson contra Otávio, Berg, Dr. João e Cláudio Grabalos.
Com um número grande de candidatos, Nilson levou vantagem para administrar o município pela terceira vez.
No mandato de 2009 a 2012, o ex-prefeito pegou uma Prefeitura sucateada com sérios problemas financeiros deixados pelo ex-prefeito, Otávio, porém, esse mandato ficou marcado pela organização das contas públicas e obras nos quatro cantos da cidade, como a construção da Praça Dário Coelho (Praça do Milhão), revitalização do Cristo Redentor, pavimentação e recapeamento asfáltico em diversos bairros, além da aquisição e reforma da Escola São Pedro, além de aquisição de maquinários e veículos automotores.
Com a reeleição encaminhada, Nilson encontrou pelo caminho um novo adversário, seu ex-companheiro de PMDB e de Câmara, o então ex-prefeito de Amaralina, Elvino Coelho.
No entanto, o final, não foi de sucesso para Nilson Preto. Com a união do grupo do ex-prefeito Flávio Tatu com Elvino, resultou na vitória da chapa Elvino e Tatu de vice. Com resultado, o ex-prefeito foi derrotado pela segunda vez na sua tentativa de reeleição. Neste eleição, Elvino teve 781 votos de frente sobre seu adversário.
Com um mandato tumultuado, Elvino Coelho teve seu mandato terminado de maneira precoce. O mandatário foi cassado pela Câmara Municipal por improbidade administrativa no dia 04 de fevereiro de 2016 ficando inelegível por oito anos.
Com a cassação, assumiu o vice-prefeito, Flávio Tatu. Com o mandato de apenas oito meses até às eleições, Tatu conseguiu sair vitorioso.
Neste período, Tatu recebeu de herança, dívidas com fornecedores, duas folhas de salários de servidores efetivos e salários atrasados com servidores comissionados.
Com uma gestão transparente focada na organização das contas públicas e obras na zona rural do município como reformas estruturais de pontes e recuperação de estradas vicinais. Na cidade, o foco foi com investimentos na saúde do município, melhorando o atendimento nas Unidades de Saúde e contratação de médicos.
Na disputa, Tatu (PROS) teve Nilson Preto (PSDB) como adversário, no final, com um resultado acachapante, com 1001 votos de frente.
Já na última eleição, tudo indicava para disputa entre três candidatos: sendo o apoiado pelo prefeito Tatu, o então secretário de administração, Flávio Moura, mais uma vez, Nilson Antônio Preto e como novidade, a professora Veronice Coelho.
Entretanto, os mararrosenses foram assustados com a notícia bombástica da união da candidata Veronice com Nilson de vice. Com uma disputa acirrada voto a voto, sendo, considerada nos bastidores a campanha eleitoral mais cara da história, Flávio Moura saiu vitorioso por apenas 149 votos de diferença.
Com o resultado tão apertado da última eleição, esperava-se em 2024, outra campanha acirrada, no entanto, com uma oposição esvaziada, sem um trabalho político nos últimos quatro anos junto ao eleitor e companheiros, a principal adversária desistiu da disputa passando a bola para seu colega de partido no PDT, Wagner Facundo, que nas eleições anteriores, estava alinhado ao grupo do atual prefeito.
Para eleição de 06 de outubro, o candidato da oposição terá um grande desafio, vencer um prefeito bem avaliando perante a população, com apoio dos principais personagens da política mararrosense nos últimos 40 anos.
Agora, é esperar os próximos capítulos dessa rica história política de Mara Rosa que terá no mesmo palanque ex-prefeitos como aliados que foram adversários ferrenhos no passado não tão distante.
O atual prefeito Flávio Moura se vencer a eleição, será o primeiro prefeito desde a implantação da reeleição, a vencer uma reeleição, exercendo um mandato completo de 4 anos.
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